A EVOLUÇÃO DA GASTRONOMIA Acompanhar a história da arte culinária de um povo é de certa maneira, acompanhar a história de sua civilização. O homem fez da cozinha uma arte que retrata seus sucessos e suas derrotas no decorrer dos séculos. Na pré - história, nossos ancestrais alimentavam-se de plantas, frutas e animais que a natureza lhes colocava ao alcance e, mesmo sem cozê-los, a preferência por certos alimentos era fruto de experiências agradáveis que os mesmos lhes proporcionavam após a ingestão. Quando da descoberta do fogo, a arte culinária nasceu.
Entre os gregos, durante muito tempo, não se conheceu senão o mageiro – o amassador de massas – que trabalhava na cozinha, sendo o único com função nominada, pois as refeições eram elaboradas pelas mulheres escravas e, e em ocasiões muito especiais, o próprio anfitrião ia preparar o ágape. Mais tarde, o mageiro subiu de posto e se tornou responsável por todo o serviço da cozinha, secundado por outros serviçais; a confecção das massas passou para as mulheres, mas já mais tarde, em Roma, a entrada dessas na cozinha foi proibida.
A antiga Roma preparava simples e primitivamente seus alimentos. Quando chegaram em Atenas, as missões romanas enviadas para estudar as leis de Sólon, as letras e as artes, levaram junto os cozinheiros, que se tornaram personagens importantes e considerados, sendo pagos com altos soldos. Cada um tinha suas tarefas bem definidas, e todos ficavam sob as ordens de um coquus, que corresponde ao Chef de cozinha de hoje.
Ali também era dado um cuidado especial ao piso da cozinha, para evitar umidade no local. Quando da construção do fogão, esse devia ser feito de tal maneira que a fumaça não se espelhasse pelo restante da construção.
A comida era um dos grandes interesses do povo romano, sendo a gula uma de suas características, tanto que a refeição era servida na maioria das vezes nos divãs espalhados pelos salões, onde os comensais ficavam reclinados e, assim, o estômago tinha mais espaço para abrigar as descomunais quantidades de alimento que eram ingeridas por dias e noites consecutivos. Quando ainda havia alimento a ser consumido embora os comensais estivessem fartos, era missão dos escravos trazer ao salão grandes bacias e penas de ganso para provocar o vômito e permitir que a comilança continuasse. Os pratos eram pesados e sem requinte; a carne tinha o papel principal, sendo muito consumidos, entre outros animais domésticos, cães e gatos novos. Orgulhavam-se de pertencer a um povo civilizado que era capaz de criar, de fabricar, ele próprio, seu alimento, ao cultivar o solo e criar animais, diferindo dos bárbaros que consumiam o que a natureza oferecia naturalmente (vegetais e leite) e a carne da caça. Era a tríade: pão, vinho e azeite que os distinguia dos vegetais, pois tinham obtido, ao plantar o trigo, a videira e a oliveira, outros alimentos que não estavam ao alcance dos povos mais primitivos e nômades.
Foi nos conventos que proliferavam em todos os lugares, que a arte culinária começou a se desenvolver. Os alimentos eram preparados em imensas lareiras, suspensos por ganchos, em enormes caldeirões. Nas laterais eram colocadas chapas para outras preparações culinárias.
Por volta do século XIV (1300/1400), os molhos começaram a surgir, o que implicava melhoramentos nos preparos e utensílios da cozinha.
Quando da tomada de Constantinopla, no fim da Idade Média, e da busca de outra rota para a compra de especiarias, com novas terras sendo descobertas, os padrões de vida começaram a ter uma sensível melhoria. As primeiras entidades de classe começaram a surgir, congregando grupos com afazeres bem definidos. A partir deste momento a historia da culinária em geral assim como os alimentos preparados começam uma nova fase. Pois a historia da culinária se confunde com a própria historia da humanidade.
A COZINHA
O ambiente mais feliz, e mais gostoso dentro de uma casa. Cozinhar é uma arte é sem duvida um dom divino. Através dos alimentos que ingerimos, ou até mesmo fabricamos temos a sensação de viajar no tempo, cruzar espaços infinitos e espalhar o dom de fazer as pessoas felizes. A arte da gastronomia envolve mundos, sentidos e sentimentos muitas vezes inexplicáveis. É neste mundo que convido você a embarcar comigo. Embarque, nosso navio vai zarpar pelos mares da gastronomia.
Seja bem vindo!
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